Ontem fomos a um jantar de harmonização na Vinhos do Mundo. O cardápio foi preparado para a degustação de vinhos da uva Pinot Noir, elaborados fora da região da Borgonha. Comecei fazendo anotações, mas desisti para me concentrar na janta, especialmente porque não estávamos sozinhos na mesa, o que, diga-se de passagem, gerou certo desconforto inicial... A impressão que eu tive é que nos colocaram na mesa que "sobrou", com pessoas desconhecidas entre si. Eu e o Rodrigo éramos o único casal e os mais novos. No começo achei que seria desastroso, principalmente quando um dos integrantes começou a falar do Chile e largou um comentário do tipo... "certamente vocês já estiveram lá..." Xiiiii, só pensei "típico enochato"... Mas depois de um pouco de vinho todos estavam mais entrosados e eu já estava achando o pessoal legal, rsrsrs...
Quanto aos vinhos: para mim os destaques foram o espumante da entrada, Cave Geisse Rosé Brut, e o Pinot Noir da Nova Zelândia, Estate Matua Valley (2007), que acompanhou o primeiro prato. O Rodrigo preferiu o Californiano servido junto com o prato principal. Achei os vinhos da degustação comparativa fracos, não compraria, e o de sobremesa não trouxe novidade alguma, prefiro os late harvest chilenos.
Quanto à janta: o Rigattone ao molho Porcini (a base de cogumelos) estava delicioso, mas em minha opinião, era forte demais para o vinho escolhido. Foi a primeira vez que comi Boeuf Bourguignon, mas não achei grande coisa...
Avaliação global da noite: agradável, nota 7. Ficamos com vontade de comprar o Californiano e o da Nova Zelândia, mas ambos possuíam três dígitos antes da virgula, então vamos esperar uma promoção para degustá-los novamente, rsrsrs...
Resolvemos continuar a noite Pinot Noir em casa. O escolhido foi um chileno, da Viña Casas del Bosque, ano 2007. Compramos lá mesmo, na saída da janta. Belo vinho, com boa relação custo benefício, considerando que estava em promoção (de R$94,50 por R$61,42). Como esperado, tinha mais carvalho do que o necessário para um Pinot (característica recorrente nos chilenos), mas não chegava a esconder o aroma de frutas vermelhas... Não me prestei a analisá-lo com mais entusiasmo, pois depois de tanta mistura meus sentidos já estavam alterados.... O que quer dizer, de maneira mais objetiva, que eu já estava mais pra lá do que pra cá. Não preciso dizer que a ressaca persiste, moderação não foi a palavra de ordem da noite.....
Este espumante Cave Geisse Rosé Brut é realmente muito bom. Tínhamos expectativas elevadas quanto a ele e se confirmaram. Os vinhos da degustação comparativa eram realmente fracos, caros e sem personalidade, especialmente o francês. O neozelandês e o californiano valeram a noite. Estavam ótimos: aromáticos, corpo equilibrado, de final intenso e persistente. Difícil escolher um. Acho que escolhi o californiano por causa do filme Sideways, rsrs. Como ambos estavam muito caros, meu preferido continua sendo o Tabali gran reserva, que é igualmente bom e com um preço mais acessível.
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