segunda-feira, 9 de março de 2015

Alto de la Ballena - minha nova vinícola "queridinha" no Uruguai

Nas últimas férias de verão, passamos uma semana em Punta del Este. Para os gaúchos é um destino conhecido e fácil, pois nosso estado faz fronteira com o Uruguai e de Porto Alegre são só 740 km de distância, com estradas muito boas de trafegar. 
Queríamos aproveitar a praia e descansar de verdade, por isso não inventamos roteiros muito mirabolantes e cheios de paradas e visitas, mas, como sempre, encontramos uma vinícola para conhecer.
O Uruguai é conhecido pelos seus tannats, potentes e adstringentes, e Punta del Este não está entre as principais regiões vitivinícolas do país. Descobrimos por acaso a Alto de la Ballena e resolvemos conferir. Reservamos via site e no dia e hora marcados, estávamos lá. 
A vinícola é pequena e a visitação inclui uma apresentação geral sobre sua história e terroir, uma caminhada pelos vinhedos e por fim, a degustação acompanhada de pães e queijos. Toda a visita é guiada pela Paula, dona da vinícola, que é uma pessoa extremamente agradável e atenciosa. 
Os vinhos nos agradaram bastante, com destaque para um corte inusitado de tannat-viognier, que surpreendeu por apresentar adstringência, mas também a leveza de um tinto de verão. 
A linha não é muito extensa, mas todos os vinhos degustados são de ótima qualidade. As características do terroir garantem uma produção pequena, mas com vinhos de elevado padrão. 
O lugar é lindo, a degustação é feita em um mirante com uma vista fantástica. 
Achei a degustação um pouco cara, mas compensa se você for comprar algumas garrafas, pois o preço dos vinhos é muito acessível. É um passeio que vale a pena, saímos de lá encantados... Pena que não seja muito fácil de achar esses vinhos por aqui. Ainda não vi para vender em Porto Alegre e a Paula nos informou que há apenas um importador atualmente no Brasil, na Serra Gaúcha.
Seguem algumas fotos que traduzem a atmosfera do lugar, passeio e vinhos provados e aprovados!
Ah, importante salientar que não rola aparecer lá sem hora marcada, porque não há uma agenda fixa de degustações e visitas.