quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Ao encontro dos Tannats


Carta Verde providenciada, pesos Uruguaios na mão, reservas feitas... Em breve estórias para contar de uma curta viagem ao Uruguai que promete! Ai, ai... Adoro viajar! Finalmente vamos degustar um tannat in situ! Esta é uma cepa pouco explorada por nós.... Aqui em casa as preferidas são Carmenère e Cabernet Sauvignon, no inverno que passou entramos no universo dos Malbecs... Preciso de sugestões de Tannats que valem a pena... De preferência aqueles com boa relação custo/benefício. Há algum enoblogueiro, enófilo ou até enochato de plantão pra nos dar uma dica? 

domingo, 24 de janeiro de 2010

Mensagem para começar a semana bem

Meu domingo estava meio "borocochô" e na busca por novos blogues interessantes, achei um, de Brasília, com um texto sobre "aproveitar a vida" que me inspirou... Não era nada demais, meio clichê, mas me identifiquei... Foi bom ter lido o texto, deu uma sacudida. Saí da inércia e convoquei o marido pra tomarmos um mate no Gasômetro e assistir o pôr-do-sol!!! Tava bem bom!!!
Pois então, antes de sair, resolvi fazer uma postagem com o tal texto e obviamente fiz a citação da autoria, inclusive com elogios e link para o blog da autora...  Na volta do passeio dei aquela passadinha básica na frente do computador para verificar e-mails, coisa e tal... Para minha surpresa, havia recebido um e-mail da referida moça. Ela solicitou para eu não copiar o texto pois o material do blog dela tem todos os direitos reservados e é protegido por lei (a moça é advogada...).
Fiquei com a cara no chão! Achei que ela ficaria lisonjeada em ter seu texto citado, mas levei um balde de água fria! Me senti uma pateta... Quando pensei que eu, toda certinha, estaria infringindo leis ao fazer uma postagem.... Tudo bem, aprendi a nunca citar o conteúdo de alguém sem pedir permissão prévia e também a nunca mais visitar blogues de advogados (hehehe, brincadeira). Como eu já tinha feito uma postagem com o título "Mensagem para começar a semana bem", vou apenas substituir a mensagem - e obviamente citar a autoria.  Essa também caiu sob medida (estou precisando ser mais tolerante ultimamente), mas nesse caso, acho que o autor não vai ficar chateado por ser citado... Boa semana a todos!

"Na nossa vida, cultivar a tolerância é muito importante. Com tolerância, pode-se facilmente superar as dificuldades. Caso você tenha pouca ou nenhuma tolerância, ficará irritado com as mínimas coisas. Em situações difíceis, terá reações extremadas. Em minha vida, já refleti muito a respeito desta questão e sinto que a tolerância é algo que deve ser praticado no mundo inteiro, no seio da sociedade humana. Mas, quem nos ensina tolerância? Pode ser que seus filhos o ensinem a cultivar a paciência, mas é seu inimigo quem irá ensinar-lhe a prática da tolerância. O inimigo é seu mestre. Mostre-lhe respeito, ao invés de ódio. Dessa forma, a verdadeira compaixão irá brotar de seu interior e essa compaixão é a base de tudo aquilo que você é e acredita."
Sua Santidade O Dalai Lama
Fonte: www.dalailama.org.br

Promovida a Enófila

Há alguns dias atrás criei um marcador intitulado "Enochata", como uma forma divertida de anular qualquer ar presunçoso que possa haver nas minhas postagens sobre vinho... Eu e o Rodrigo somos apenas dois apaixonados por vinho, que tentam aos poucos refinar o paladar através da experimentação e da busca pelo conhecimento... Achei um pouco demais me intitular "enófila" e o "enochata" soou como uma brincadeira para deixar bem clara minha falta de pretensão ao falar sobre vinhos... Entretanto, acabo de ler um texto no site da Academia do Vinho que deixa bem clara a diferença entre Enólogos, Enófilos, Sommeliers e os intragáveis Enochatos! Achei as definições perfeitas e resolvi, através desta postagem, me transformar em uma militante da "campanha internacional de extermínio dos enochatos" (adorei essa)!! Portanto mudei meu marcador para "Enófila" e fico aliviada em constatar que não sou, nem nunca fui uma enochata... Nem de brincadeira (se bem que um chato nunca se acha chato, não é? Que medo!) . Abaixo transcrevo na integra o referido texto:
O Enólogo é um profissional formado em Agronomia, com especialização em Enologia, ou formado em uma faculdade de Enologia. No Brasil só existe uma Universidade que oferece este curso, está em Bento Gonçalves na Serra Gaúcha. As profissões de enólogo e de técnico em enologia foram regulamentadas no Brasil em 2007, pela Lei nº 11.476, de 29 de maio. O Enólogo trabalha na vinícola e é responsável por todas as decisões de produção do vinho: análise do solo, métodos de irrigação, escolha das mudas, da melhor técnica para plantar, para podar, para colher (nesta fase de cuidado com as plantas ele pode ter o auxílio de um agrônomo). Após a colheita o enólogo define as técnicas de vinificação, os cortes (mistura de uvas), o tempo de amadurecimento e a hora de colocar o vinho no mercado. O Enólogo precisa tomar decisões importantes durante todo o processo de produção e estas decisões são importantes para o resultado final, o vinho.
Enófilos somos todos nós que gostamos de vinhos, que fazemos anotações sobre os vinhos que tomamos, que freqüentamos confrarias ou encontros de vinhos, enófilos com diferentes níveis de conhecimento sobre vinhos. Nós somos enófilos e você também é, embora nem soubesse disso. Um comentário muito inteligente diz que "Enólogo é o cara que diante do vinho toma decisões, e Enófilo é aquele que, diante das decisões toma vinho" (de Luiz Groff).
Já que estamos falando dos personagens do vinho, precisamos ainda apresentar o Sommelier. Ele é o soldado do vinho. Não raramente é um garçom talentoso para o assunto que estudou e se especializou. O Sommelier é o profissional responsável por tudo relacionado ao vinho no restaurante ou loja (a escolha dos vinhos, a elaboração da Carta de Vinhos, a compra e reposição, o armazenamento e o serviço do vinho), bem como das outras bebidas (em alguns restaurantes mais diferenciados ele também é o responsável pelos charutos). No Brasil até agora não existe uma regulamentação da profissão de sommelier. O projeto está parado no Congresso Nacional. Por este motivo também não há uma escola responsável oficialmente pela formação desses profissionais, nem um currículo aprovado pelo MEC, nem um diploma reconhecido. Diversas entidades ministram cursos profissionalizantes, como as ABS, as SBAV, os SENAC e várias escolas particulares. Aqui cabe uma observação: a medicina já provou que as mulheres têm o aparelho olfativo melhor do que o dos homens. Sendo assim, com o "equipamento" garantido, cabe às mulheres se dedicar ao estudo dos vinhos e assim ocupar cada vez mais lugar no interessantíssimo mundo do vinho, seja como Enólogas, Sommeliers ou simplesmente Enófilas.

Enochato é aquela espécie da qual todos nós conhecemos um exemplar (ou vários). O enochato chega às festas ou ao restaurante, pega uma taça, certifica-se de que tem bastante gente olhando, faz cara de entendido, gira o copo no sentido horário e com inclinação de 26,487º em relação a Greenwich, funga dentro da taça, revira os olhos, fala um monte de coisas complicadas e depois olha para as outras pessoas presentes com ar superior, como se elas fossem a ralé da humanidade por não entender de vinhos tanto quanto ele. É justamente por causa dos enochatos que o vinho tem essa fama de coisa complicada, inacessível, sofisticada, exclusiva de gente rica, metida e chata. Propomos aqui uma campanha internacional de extermínio dos enochatos e para isso não é preciso usar violência, basta que ninguém mais preste atenção às macaquices deles frente a uma taça de vinho. Sem platéia, o enochato murcha, perde a pose e sai de fininho. É preciso acabar com essa impressão elitista que as pessoas têm do vinho. No século 17, a Igreja Católica dava pão e vinho às famílias pobres! Vinho era considerado item de primeira necessidade, fazia parte da cesta básica! Todo mundo deveria ter a oportunidade de aprender a tomar vinhos, sem achar que o vinho e sua cultura representam chatice ou um bicho papão, cheio de mistérios e dificuldades. A partir de agora você também é um soldado nessa luta para popularizar o vinho, combinado?
Quem não conhece um enochato? Não é fácil aguentar... Mas há quem defenda! Na busca de mais referências sobre o assunto, achei este artigo no Blog do Vinho da Veja em defesa deles! Quase me senti solidarizada, hehehe...

sábado, 23 de janeiro de 2010

Sexta é dia de boteco!


Para mim, sexta é o dia oficial do happy hour! Trabalho na Cidade Baixa, que é um bairro boêmio e repleto de bares e restaurantes que enchem todo final de tarde... Como é próximo à minha casa, tenho o privilégio de ir trabalhar a pé, entretanto todo dia na saída do trabalho sou torturada pela visão de copos e mais copos de cerveja, sendo ingeridos pelo povo que toma conta das mesas nas calçadas... De segunda a quinta resisto bravamente (quase sempre) e sigo o meu rumo  direto pra casa, mas quando chega sexta... Impossível resistir! Sexta é dia de celebrar, enfim lá se foi mais uma semana de trabalho e o descanso do final de semana é merecido!!!
Um dos nossos preferidos é o Boteco Natalício. Pioneiro em Porto Alegre e fiel ao estilo boteco, já virou referência. O chopp é excelente e a cozinha - apesar ter passado por uma recente mudança de equipe e, em minha opinião, ainda precisar de alguns ajustes - é muito boa. O lugar tem dois pontos negativos que, dependendo do dia, me fazem descartá-lo: a música muito alta, o que faz com que todo mundo fale mais alto ainda (aí já viu né, vira uma zueira); e a eventual insistência dos garçons de largar mais um chopp na mesa quando se está ainda na metade do copo - se não ficar de olho eles largam o copo cheio, marcam na comanda e a gente nem vê! Mas como eu disse, depende do dia, e também do humor... Quando eu vejo que eu não estou com paciência para o esquema, escolho outro. Assim, toda vez que vou lá saio feliz e satisfeita! E o melhor de tudo, fica muito perto de casa - tomar um choppinho (normalmente vários...) e voltar a pé pra casa é um luxo!!! A foto da postagem foi tirada lá nesta sexta... Chopp gelado e porção de camarão ao bafo... precisa mais?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

É só uma questão de treino...


Sempre que abrimos um vinho em casa, tiramos da prateleira o nosso Manual do Vinho da Escola do Vinho da Miolo, para consultar a Roda de Aromas. Nos divertimos na tentativa de identificar os aromas do vinho e do fundo de taça, e sua variação a medida que o vinho respira e o final da garrafa se aproxima (temos coleção de tampas para garrafa, mas por aqui elas dificilmente são usadas...). Um fator que deu um "up" na nossa rotina de análise sensorial foram as taças de Bordeaux... Há tempos usamos taça de cristal, com formato e tamanho adequados para os tintos, mas sentimos uma enorme diferença quando adquirimos duas gigantescas taças de Bordeaux. A evolução e a percepção dos aromas é infinitamente melhor! 
A Roda dos Aromas foi criada em 1990 pela Doutora Ann C. Noble, do Departamento de Enologia da Universidade de Davis, na Califórnia (www.winearomawheel.com). A Roda é formada por 3 círculos concêntricos, que organizam os aromas mais comumente encontrados nos vinhos, desde os primários até os terciários. Aqui em casa, confirmando a teoria que as mulheres são melhores nesta área, eu tenho um nariz mais apurado na identificação de aromas, mas ainda falta muito...
Segundo o Manual do Vinho, a análise olfativa visa a observação dos aromas que o vinho possui, sua intensidade, complexidade, virtudes ou defeitos. Busca descrever os aromas através de descritores que os relacionam com aromas encontrados na natureza. Encontrá-los não é um privilégio, mas sim treinamento dos sentidos.
Pois então, há esperança! Treinando a gente chega lá! É preciso muita litragem para dominar todos os aromas da Roda, mas estou certa que o futuro me reserva muitos invernos e temporadas enogastronômicas pela frente... Que saudade de um tinto... Acho que já disse isso nos últimos dias, não é?

domingo, 17 de janeiro de 2010

Até que enfim, inaugurei o livro do Jamie


Postagem rápida! Fechei o final de semana com uma receita do livro do Jamie Oliver que ganhei de aniversário. Fiz a tal receita com aspargos que eu já tinha anunciado - torta crocante de aspargos e batatas. Não deu pra seguir à risca: não achei a tal massa filo, usei massa folhada; nem sei o que é queijo lancashire e dispensei o cheddar, substitui os dois por mussarela; quanto aos ovos caipiras e o creme de leite integral... não foi possível, apelei para ovos comuns e creme de leite light; 1/4 de uma noz-moscada deu medo, usei uma porção beeem menor... Acrescentei um queijo ralado pra finalizar! Ok, depois de todas estas alterações não é mais a receita do Jamie... Ficou bem boa, mas acho que o recheio ficou mais grosso do que deveria... Deu uma pesada no estômago e um sono! 
Para acompanhar, minha cerveja preferida - Bohemia Weiss. Inauguramos nossos copos personalizados em grande estilo! Programinha perfeito para o domingo a noite... Depois dessa cervejinha meu rumo é certo... Vou desmaiar na cama... Mas antes passei por aqui para não deixar esta postagem "em aberto"... Segundo o Rodrigo, estou ficando viciadinha nessa coisa de blog, hehehe... Boa semana a todos!


sábado, 16 de janeiro de 2010

Pseudo-carbonara e rosé atípico... É bom inovar!


O Rodrigo voltou de viagem ontem à noite e tratei de esperá-lo com uma jantinha! Fiz uma carbonara estilizada, inspirada em uma versão do Claude Troisgros, com ervilha torta. Refoguei bem meia cebola e uma porção de bacon. Acrescentei as ervilhas, que só precisam levar um "susto" na panela, pois gosto delas bem crocantes. Enquanto isso, a massa estava cozinhando – De Cecco,  pappardelle all’uovo (prodotto da Italia). Observação: não conhecia a marca, mas comprei porque achei a embalagem chiquérrima, hehehe - paguei caro e felizmente valeu a pena. Escorri a massa, juntei com o refogado e acrescentei a mistura da carbonara (ovo batido com creme de leite, queijo ralado e pimenta do reino moída na hora). Para ficar mais light (e aproveitar um creme de leite aberto que estava na geladeira...) reduzi a porção desta mistura, mas normalmente uso dois ovos e 1 caixinha pequena de creme de leite para 250g de massa. O segredo da carbonara é acrescentar os ovos batidos com o creme de leite só no final, com o fogo desligado - o ovo cozinha delicadamente com o calor da massa e do bacon (que deve estar bem quente), mas não forma aqueles grumos. Qualquer coisa diferente disso é uma massa com ovo "mexido", e não carbonara. Ficou deliciosa! E pra completar... parmesão ralado na hora (o detalhe principal da foto)! Bah, isso é tudo de bom em uma massa! O ralador de queijo elétrico (presente da sogrinha) foi uma das melhores aquisições do ano que passou, recomendo. 
Para harmonizar, escolhi um espumante aqui da Serra Gaúcha - Fabian Intuição Rosé Champenoise.  Não tenho muita experiência com rosés, mas sem dúvidas este é diferenciado, não segue o padrão. A coloração é rosa claro (clarete). Senti apenas aromas florais. As frutas vermelhas, como indicava o rótulo, em minha opinião estavam bem escondidas. Na boca fruta seca (damasco talvez) e morango (muito sutil). Aroma de fundo de taça - tostado. Perlage muito fina, inicialmente abundante, mas sem persistência. Achei no mínimo, interessante. Ganhei de presente, mas pesquisei o preço na internet e custa em torno de R$ 27,00. Boa relação custo/benefício, vale provar. 
Felizmente os espumantes caem bem com quase tudo. Neste caso a comida e o vinho permaneceram isolados, um não interferiu no outro... Talvez esta massa harmonizasse bem com um Pinot Noir! Ai, que saudade dos tintos... Mas com este calor, nem pensar! Cada coisa há seu tempo, vamos continuar com as harmonização com brancos e espumantes por mais uns meses... 
Se bem que no verão, bom mesmo é uma cervejinha, não é?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Amuleto de 4 patas!

Ontem eu estava visitando comunidades do Orkut sobre gatos quando achei uma comunidade que me chamou a atenção pela foto - era igual a Malu! Fiquei surpresa ao descobrir que a minha pretinha, que foi abandonada e ficou muito tempo sem lar (até ser resgatada e encaminhada para adoção) é uma gata Korat!!! Pesquisei na internet e todas as informações, quanto ao comportamento e às características físicas, bateram - ela é uma legítima Korat! Segundo consta, o Korat é originário do Planalto de Korat, na Tailândia, país onde é considerado um símbolo de sorte e felicidade e por essa razão não é vendido, mas oferecido como um valioso presente. Conhecida por Si-Sawat em seu país de origem, essa é uma das raças mais antigas do mundo.

A Malu foi adotada em abril de 2009 e chegou aqui já adulta, com pelo menos dois anos. Ela morava em uma pet ao lado do local que eu trabalho, e já estava ficando conhecida na rua, pois subia no muro e pedia carinho para todos que passavam... Não preciso dizer que eu me apaixonei e toda vez que saia pra almoçar dava uma passadinha lá pra ver a bichinha... Entretanto, a idéia de adotar não foi minha. Já tínhamos o Heitor e ele reinava absoluto aqui em casa... No papel de filho único, era muito voluntarioso e carente, mas eu não cogitava adotar um "irmãozinho" pra ele... Assim que ele chegou aqui em casa (em fevereiro de 2008), meu marido (que não queria gato algum) começou a campanha pela adoção do segundo, pois achava uma "judiaria" sair para trabalhar e deixar o bichinho sozinho - alerta: sentiram o perigo - levei quase dois anos para convencê-lo a adotarmos um gato e em menos de uma semana, já queria o segundo! Tomara que esta situação não se repita com os filhos...
Bom, quando cedi optei por adotar um gato adulto, que soubesse se defender caso o Heitor fosse agressivo com o novo membro da família. Quando fiquei sabendo que a Malu, para conquistar o direito de dar umas voltinhas pelo pátio da pet, já tinha batido até em Pitbull, não tive dúvidas - era ela!!! No começo a adaptação não foi fácil, mas com o tempo as coisas se resolveram e hoje somos muito felizes com a nossa família felina! Korat ou vira-lata a Malu é a gatinha mais carinhosa que existe e não há sorte maior no mundo que receber tanto afeto de uma criaturinha como essa! Sem dúvidas, é um presente diário conviver com ela. Aproveito para agradecer a todos da ADAAC - Associação de Defesa Animal e Ambiental do Campus do Vale - UFRGS e a Emília, da pet Espaço dos Bichos (Sofia Veloso, 111). Além de eles serem os responsáveis pela Malu ter um lar, são pessoas extremamente empenhadas em melhorar as condições de vida de muitos bichinhos, vítimas do abandono e da crueldade de pessoas sem noção. Admiro profundamente quem se empenha em causas como estas. Não existem seres mais indefesos que gatos e cachorros... Eles só precisam de carinho e o mínimo de cuidado... Em troca, muito amor e gratidão. Eu me sinto um grãozinho de areia neste oceano, não me envolvo diretamente nestas causas, mas adotei dois gatinhos que foram abandonados e precisavam de um lar... Isso me faz sentir importante, parte de algo maior.
Um dia desses faço uma postagem contando a estória do Heitor e como ele veio parar nesta casa... Sem pressa...



domingo, 10 de janeiro de 2010

Sobremesa no café da manhã





Sem muito blá, blá, blá... Passei aqui só pra dar a dica! Dá tempo de fazer para as visitas ainda hoje! Peguei a receita desta torta trufada no blog Abobrinhas na Cozinha e fiz ontem à noite para servir na sobremesa do almoço de hoje... Não sou muito de sobremesa e quando como um doce desta magnitude, gosto de estar com todos os meus sentidos "disponíveis" para degustação, por isso resolvi provar a torta no café da manhã de hoje (... na verdade não me aguentei)! Maravilhosa e muuuuito fácil de fazer! Recomendo, passem lá para pegar a receita... Pra variar dei uma alteradinha: ao invés de 3 colheres de licor usei 5, e usei quase um 1 litro de sorvete de creme... Ah, e é claro que não fiz o pão-de-ló de chocolate, usei um desses bolinhos prontos... Para decorar substitui o chocolate em pó por nozes.  Bom, agora só me resta queimar as calorias deste "café da manhã" com uma corridinha porque hoje o dia vai ser longo... A receita do Jamie Oliver vai ficar para o outro final de semana, meu pai vem almoçar por aqui e vou deixar a nova experiência, com aspargos, para a próxima!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Depois dos 30 os aniversários ficaram mais legais!!!


Comecei a gostar de aniversário depois de "velha"! Cresci com uma certa antipatia por fazer aniversário, confesso. A primeira semana de janeiro vem junto com a ressaca das festas de final de ano. Sempre achei desnecessário mais uma festa, além disso muita gente viaja e é difícil encontrar as pessoas nesta época. Depois dos 30 me dei conta que o aniversário é uma ótima oportunidade de rever os amigos e juntar em um só dia e lugar pessoas muito queridas de diferentes grupos! Ontem, o único trabalho que eu tive foi reservar uma mesa em um bar e mandar um e-mail convidando as pessoas. Meus amigos compareceram em peso, me senti extremamente prestigiada!!! Fiquei muuuuito feliz!!! E pra completar ganhei muitos presentinhos, rsrsrs... Hoje penso que festejar esta data é imprescindível, é o dia que marca o início de um novo ano de vida, dia de fazer um balanço do ano que passou e tomar fôlego para seguir em frente! Que meus próximos aniversários sejam sempre bem vindos e alegres como este!


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O Jamie aqui em casa!



Amanhã é meu aniversário e mais uma vez o Rodrigo tentou me dar um presente surpresa... Tentativa frustrada! Eu farejo presente e tenho crises de taquicardia se descubro algum indício... Para garantir minha noite de sono (e minha saúde) ele teve que me dar o presente adiantado. Ganhei um livro do Jamie Oliver!!!! Há tempos eu namorava esta versão... Capa dura, belas fotos e receitas maravilhosas! Lovely, wonderful, delicious (é preciso que ler estas palavras com o sotaque britânico do Jamie)! Aguardem, este final de semana vou postar alguma tentativa de harmonização com uma receita do livro... Pretendo começar pelo início: aspargos! Acho que pede um branco... Alguma sugestão?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O primeiro Chardonnay de 2010


Desde o nosso almoço no Sbornea’s, no Vale do Vinhedos, eu estava planejando fazer uma massa parecida com uma das que foram servidas: molho a base de nata, frango, nozes e cebolinha.
Finalmente montei a minha versão da receita na cabeça, peguei minha panela Wok de “estimação” e mãos à obra: refoguei a cebola na manteiga, depois os cubos de frango, sal e alho... Meia taça de vinho branco... Quando boa parte do vinho já tinha evaporado, desliguei o fogo, juntei a massa cozida, uma boa porção de nata, nozes moídas e cebolinha. Muito rápida, fácil de fazer e ficou uma delícia! As nozes deram uma leve adocicada e a cebolinha não deixou a mistura ficar sonsa, perfumou e deu sabor. O vinho escolhido para acompanhar o prato foi o chileno Aromo Reserva Privada 2008 Chardonnay. Boa surpresa. Não conhecíamos, compramos há um tempo atrás, em algum supermercado da rede Nacional, e estávamos esperando uma ocasião adequada para provar. Como é um vinho barato, as expectativas não eram altas, mas com certeza foram superadas. Cor amarelo (levemente esverdeado), aroma sutil de abacaxi. Baixa acidez, elegante e agradável ao paladar. Relação custo/beneficio excelente – comprei mais uma garrafa hoje, por R$17,63!
Quanto à harmonização: extremamente bem sucedida! O vinho cresceu com a comida, o sabor foi realçado! Missão cumprida!

domingo, 3 de janeiro de 2010

“Quando eu ando assim meio down... Vou pra Porto e bah! Tri legal”

Uma semana de férias em Porto Alegre! Para mim não foi esforço algum passar minha semana de férias em Porto Alegre, pois adoro minha cidade e meu bairro, o Centro... O descanso começou no domingo dia 27 – cidade deserta, Oba! Almoçamos no Suprem (Rua Santo Antônio, 877), um restaurante vegetariano inspirado na culinária indiana. Comida leve e nutritiva, ambiente agradável. Bom e barato. Já que estávamos pelo Bom Fim, passada obrigatória pelo Bric da Redação. O Bric é uma feira de artesanato ao ar livre que acontece aos domingos (agora com uma versão "adaptada"aos sábados) junto ao parque da Redenção. Lugar de criança, cachorro, e chimarrão... Impossível ir ao Bric e não encontrar alguém conhecido. Normalmente o público varia ao longo do dia. No início da manhã o clima é familiar, já no meio da tarde é mais eclético. Neste domingo, calmaria. 
Na segunda o calor estava escaldante... Ir pra rua, só com ar condicionado. Destino escolhido: Barra Shopping Sul. A Fnac ainda é novidade aqui em Porto Alegre, não consigo sair de lá sem uma sacolinha! As salas de cinema do Barra são muito boas, então aproveitamos para assistir Avatar na sala 3D. Não sou muito de ficção, mas achei este filme beeem legal. 

Na terça, chimarrão no calçadão de Ipanema pela manhã. Ipanema é um bairro na Zona Sul que é banhado pelo lago Guaíba. Apesar de impróprio para banho existem trechos com certa infraestrutura, como este que também é conhecido por “praia” de Ipanema. Fica à 20 minutos do Centro. Costumamos ir até lá eventualmente aos finais de semana para mudar de ares... 
À tarde, programa cultural, Fundação Iberê Camargo. Vale o passeio, a sede da Fundação foi projetada pelo arquiteto português Álvaro Siza, um dos cinco arquitetos contemporâneos mais importantes do mundo. O prédio foi todo construído em concreto branco, na beira do Guaíba. A vista é linda! Quanto às obras do Iberê... Bom, eu não entendo de arte. Acho que ele era meio depressivo... 
Na quarta, melhor ficar um pouco em casa... Afinal essas férias são para descansar! 
Na quinta, último dia do ano!!! O dia amanheceu lindo e fresco e eu estava com o “pé que era um leque” para ir pra rua! Há tempos queríamos andar na Linha Turismo de Porto Alegre – um ônibus descoberto de dois andares que “passeia” por um roteiro turístico pré-determidado. Coisa pra turista mesmo, mas enfim... Estou de férias! Olhei na internet e o próximo horário era às 10h30min. Fomos até lá achando que iríamos conseguir lugar na primeira fila... Afinal, a cidade estava vazia. Que amadorismo... É necessário fazer reserva com pelo menos 48 horas de antecedência! Todos os lugares para todos os horários dos dias 31 e 1º já estavam reservados! Bom, pelo menos saímos com os nossos ingressos comprados para o dia 2... Já que estávamos na rua, prolongamos a caminhada até a Casa de Cultura Mário Quintana, um centro cultural instalado no antigo prédio do Hotel Majestic,que recebeu este nome em homenagem ao poeta que lá residiu durante a década de 70. Mais uma vez, tentativa frustrada... A Casa de Cultura estava fechada, recesso de final de ano. Depois desta, só nos restou voltar pra casa, valeu pela caminhada, que não foi pouca. 

Sexta, 1º do ano, o dia começa devagar... O sol estava de bem com a cidade e seguiu firme! Pela manhã fomos tomar um chimarrão no parque Moinhos de Vento, o Parcão. Quase dei uma cochilada embaixo da sombra das árvores... Coisa boa. Não preciso dizer que a cidade estava desertíssima... Ao meio-dia levantamos acampamento e começamos a busca por um restaurante para almoçar, todos fechados. Quando começou a bater o pânico lembrei do Barranco (Protásio Alves, 1578)! Este não deixa ninguém na mão, aos finais de semana abre às 11h da manhã e vai até a madrugada. É uma churrascaria à la carte impecável. Tem uma área externa com mesas dispostas sob as árvores. Muito agradável quando as temperaturas estão amenas. O preço é meio salgado, mas vale à pena. O dia estava perfeito para almoçar lá! Comemos uma Picanha à Barranco, o chopp desceu reto... 


Finalmente sábado, dia 2, fechamos a semana de férias com o planejado passeio na Linha Turismo. Escolhemos o roteiro estendido, que vai pela Zona Sul. Sai da Cidade Baixa, próximo ao Centro, e vai contornando o Guaíba, passa pelos bairros Assunção, Tristeza e Ipanema. Depois segue um roteiro em direção a Zona Rural da cidade pelos bairros, Cavalhada, Vila Nova e Belém Velho, até o Santuário Nossa Senhora Mãe de Deus, no topo do Morro da Pedra Redonda. Volta por uma área mais urbanizada, pelos bairros Cascata, Glória, Medianeira, Azenha, até chegar ao ponto de partida. A vista do Santuário é muito bonita, mas o resto, em minha opinião, não vale o passeio... 
O roteiro é muito extenso e sem potencial turístico. Amo Porto Alegre, mas definitivamente ela não é uma cidade bonita em termos urbanísticos e paisagísticos. Os bairros que compõe o trajeto nas áreas mais afastadas do Centro mostram uma ocupação desordenada. A duração total do passeio é 01h30min, mas pouco há para se contemplar neste tempo. Especialmente no trajeto da volta. Existe outro roteiro, mais curto, que circula pelo centro histórico da capital. Talvez seja mais interessante. 
Para finalizar o dia, e a semana, fim de tarde no Gasômetro. A Usina do Gasômetro foi uma usina de geração de energia, desativada em 1970, que hoje funciona como centro cultural. Localizada junto ao Guaíba é um local bastante visitado, especialmente porque possui um terraço imenso, um dos pontos mais tradicionais para ver o famoso pôr-do-sol da cidade. Junto à Usina existe o Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, mais conhecido como Harmonia, e uma extensa faixa da margem do Guaíba com infraestrutura adequada para esportes. Aos finais de semana o trânsito é interrompido em um trecho da avenida que separa o parque da margem do Lago. Aproveitamos para dar uma corridinha, é bom suar um pouco depois de todas as "harmonizações gastronômicas" da semana, rsrsrs... 
E assim acaba minha semana de férias... Com bastante descanso, parques, chimarrão e pôr-do-sol. Aos que são daqui (e que tiveram paciência de ler esta postagem imensa) espero ter despertado o espírito portoalegre adormecido... Aos de fora, sejam bem vindos, aproveitem as dicas, Porto Alegre é tri legal!




sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Enfim 2010!





Para mim o ano de 2009 passou tão rápido e quando chegou dezembro, a eminência do seu término e todas aquelas obrigações de final de ano (compra de presentes, amigo secreto, etc.) acabaram com as minhas energias... Por isto resolvi passar o Reveillon aqui em Porto Alegre, na minha casa e sem muita função. Só eu, o Rodrigo e os gatos. Entretanto, apesar de não estar no espírito de grandes comemorações, a noite era de festa e para mim um novo ano sempre deve ser celebrado! Arrumei a mesa com velas, frutas e taças de cristal e servi uma ceia bem delicada para harmonizar com o nosso primeiro espumante francês. Fiz crepes de queijo gruyère ao alho poró, tomates cereja recheados com gorgonzola e uma picanha suína assada no forno. Tomamos um Crémant de Bourgogne Brut, da região de Côte d’Or, produzido por François Labet. Segundo a Larousse do Vinho (2007), o termo crémanté, originário da região de Champanhe, designava inicialmente os vinhos fermentados na garrafa a uma pressão inferior a dos espumantes. Na Borgonha, este termo é aplicado aos espumantes de alta qualidade. São utilizadas principalmente cepas chardonnay, pinot noir, sacy, aligoté e gamay, e os controles de qualidade são muito rigorosos. 
Quanto à análise do espumante... Minha paixão pelos tintos é antiga e ano após ano posso notar a evolução no meu paladar, que está bem consolidado. Já minha simpatia pelos espumantes é mais recente, ainda não tenho “litragem” para analisar suas características com segurança, por isto algumas vezes não me sinto muito confortável em opinar sobre rótulos mais imponentes... É inegável que este é um espumante de qualidade superior, mas o meu paladar está mais acostumado aos espumantes produzidos aqui na serra, que são mais aromáticos. Eu gostei deste porque é um brut bem seco. Achei os aromas muito sutis e o sabor, disfarçado pela marcante sensação de “agulha”, provocada pelo gás carbônico. Perlage de média a fina, inicialmente abundante, mas com pouca persistência. Já a relação custo/benefício... Compramos este Crémant em promoção no Armazém dos Importados na Rua Padre Chagas há dois meses atrás, por R$ 64,50. Foi uma boa compra porque seu preço original é em torno de R$ 90. Digamos que ainda não está compatível com o meu bolso e o meu paladar, mas vale a experiência, especialmente em ocasiões especiais.



Nos programamos para assistir a queima de fogos na Usina do Gasômetro. Por volta de 11h já havíamos jantado e resolvi chamar um taxi para nos levar até lá.. Eu moro a 12 minutos (a pé) da Usina, mas achei que seria perigoso, que as ruas estariam desertas, nem quis levar câmera fotográfica... Quando cheguei na portaria do prédio senti o fiasco, a rua estava super movimentada, repleta de pessoas se deslocando até lá... Tudo bem, apesar de ter nascido e me criado nesta cidade nunca tinha passado um Reveillon aqui! A gente aprende na primeira vez... O show de fogos foi lindo, o clima das ruas estava bem legal, muita gente, todos festejando de maneira civilizada! Mas foto, só com a câmera do celular mesmo... Obviamente, voltamos a pé! 
Para encerrar a noite, cheesecake de amoras harmonizado com um late harvest chileno da Vinícola Tarapacá (2006), corte de Sauvignon Blanc e Gewürztraminer. Este vinho de sobremesa foi uma grata surpresa, bem aromático (predominância de fruta tropical), doce na medida certa, muito gostoso. Tinha um pouco de preconceito contra os late harvest, pois já tive um insucesso em outra compra, mas este estava excelente. Harmonizou perfeitamente com o azedinho da amora e o doce da geléia que cobre o cheesecake. 
Posso dizer que o nosso 2009 foi gastronomicamente encerrado em grande estilo. Que 2010 venha repleto de aromas e sabores para inebriar nossas vidas!