domingo, 20 de maio de 2012

Chile parte III - Viña Casas del Bosque

Após três dias em Santiago, pegamos a estrada para conhecer outras regiões chilenas, com foco em programas enogastronômicos. O primeiro destino foi o Valle de Casablanca, situado entre Santiago e Viña del Mar, que é uma região vinícola conhecida por produzir excelentes vinhos brancos.
Indicada por um casal de amigos, que já havia passado por lá, visitamos a Viña Casas del Bosque. As expectativas eram altas, pois eles haviam falado muito bem do lugar. Já na chegada vimos que eles não haviam exagerado, senti que passaria ali horas muito agradáveis...
Chegamos 10h e 30min e um tour estava começando. Resolvemos fazer, mas essa parte, sinceramente, não recomendo. Se vocês já conhecem outras vinícolas, não há novidade alguma: tanques de inox, barris de carvalho e todo aquele blá, blá, blá... Desperdiçamos alguns pesos chilenos neste tour. A parte que realmente interessa é a degustação, que ocorre no final, e pode ser contratada independente do tour. Pagamos pelo pacote Family, que dá direito a degustação de 5 vinhos Gran Reserva. Na sala de degustação haviam amostras de todos os descritores aromáticos encontrados nos vinhos. Isto realmente é um diferencial em degustações, achei muito legal! Os vinhos eram todos ótimos, com destaque ao Sauvignon Blanc, eleito o melhor do Chile em 2011. 
Após a degustação fomos para o restaurante da vinícola almoçar... Que lugar incrível. Comida ótima, atendimento maravilhoso, ambiente agradabilíssimo (é claro que a empolgação foi crescendo com a quantidade ingerida de vinho)...  
Visitamos a Casas del Bosque no início de fevereiro e nessa época o clima é muito gostoso por lá... Céu azul, sol brilhando e um ar frio que deixa qualquer taça de vinho mais convidativa. 
Sabem aqueles momentos que fazem a gente suspirar quando lembra? Pois então, esse foi um dia memorável... Sem mais palavras, vamos às imagens.














Informações úteis:
A Viña Casas del Bosque fica a 70 km de Santiago, pela Ruta 68, e o acesso é bem sinalizado. Não fizemos reserva prévia. O Family Aromas Tour custou $15.000/pessoa (pesos chilenos). Só a degustação sairia por $8.500/pessoa. Mais informações, vocês encontram no site da vinícola (clique aqui).
Alugamos o carro pela internet, na Europcar. Deu tudo certo, atendimento organizado e carro novo.

Se vocês estão planejando viajar para o Chile, não deixem de visitar o blog Like Chile.

Próximos capítulos:
Chile parte IV - Viña del Mar e Valparaiso
Chile parte V - Vale do Colchagua
Chile parte VI - Casa Lapostolle e Casa Silva

domingo, 13 de maio de 2012

Chile parte II - Concha y Toro

Quando forem a Santigo, coloquem no roteiro uma visita à vinícola Concha y Toro. Se vocês forem turistas "maratonistas", que querem conhecer muitas coisas em um só dia, não precisam de muito mais que um turno, mas se vocês forem turistas "contempladores", que curtem degustar os momentos com calma, reservem um dia para este programa. 
Quem acompanha o blog sabe que a gente é um pouquinho enochato. Há tempos a Concha y Toro já tinha perdido posições na nossa adega. É fato que ela se tornou uma vinícola comercial e tem uma produção em grande escala, para atingir o mercado mais popular. Confesso que eu já estava desenvolvendo um certo preconceito, mas essa visita nos fez rever conceitos. Outra face da Concha y Toro nos foi apresentada e adoramos! Ficamos horas lá dentro... Comemos bem, bebemos melhor ainda, aprendemos coisas que não sabíamos, fomos muito bem tratados e saímos de lá encantados (e levemente embriagados). 
Fizemos o "tour Marques" que tem um passeio guiado pela vinícola e pelas caves (incluindo, é claro, o Casillero del Diablo). Seu diferencial é uma degustação de 4 tipos de Marques de Casa Concha, harmonizados com queijos e pães. Para quem gosta de vinho, recomendo pagar um pouquinho mais e fazer este tour. 
Depois do tour, 95% das pessoas vão embora, mas eu já fui de caso pensado... Vi no site que por lá havia um wine bar, então pensei em estender a passeio tarde a dentro, comiendo, bebiendo e hablando (estava certa que depois da terceira taça falaria espanhol perfectamente). O wine bar é um charme e tem um cardápio harmonizado maravilhoso. É possível também ficar só beliscando um queijinho e tomando vinho, que pode ser pedido em garrafa ou taça, caso queiram beber pouco ou experimentar diferentes rótulos. 
O tour foi bem legal, mas a estrela do passeio foi o almoço, ou melhor, o vinho do almoço. Tomamos o Amelia, recentemente eleito o melhor chardonnay do mundo. Se é o melhor não posso opinar, porque nunca dei bola para os brancos, mas com certeza está em um patamar muito elevado, diferente de tudo que já tomei  (hora de rever conceitos parte II, não sabia que vinhos brancos poderiam ser tão maravilhosos).
As harmonizações sugeridas para o Amelia foram: degustação de salmão na entrada e fettuccine com frutos do mar no prato principal. Tudo nota 10. 
E como esperado, meu gene poliglota foi ativado durante o almoço, mas não falei espanhol. Na mesa ao lado havia uma família de canadenses e batemos um longo papo em francês, como direito até a elogios ao meu "sotaque parisiense". Não preciso dizer que saí de lá me achando. 
Para encerrar, uma passadinha no empório para compras. Os preços são ótimos. Obviamente compramos uma garrafa do Amelia (por lá custou o equivalente a pouco mais de R$ 60,00). Não foi desta vez que compramos o também premiado Carmín de Peumo... Fica para a próxima.
As fotos traduzem bem o clima do passeio.
Amostras de diferentes uvas cultivadas no Chile
Casillero del Diablo, com direito a efeitos "especiais"
Sala de degustação do Marques de Casa Concha
Tábua de queijos que acompanha a degustação (uma taça e a tábua
são regalos para a gente trazer de lembrança)
Degustação de salmão - defumado e ceviche
Amelia chardonnay - o "melhor do mundo"
Fettuccine com frutos do mar
Wine bar
Empório
Boas vindas na entrada, mas a foto foi tirada na saída.
Antes que perguntem... Informações úteis:
- Nem pensar em contratar empresa de turismo para ir à Concha y Toro. É só pegar a linha 4 do metrô e descer na última estação (Paza de Puente Alto). Lá se pega um táxi que vai largar vocês dentro da vinícola. Na hora de voltar, a mesma coisa. Não se preocupem que o táxi sai bem barato (não me lembro quanto). O trajeto completo da linha 4 dura 45 minutos, então contabilizem isso para planejar o tempo de deslocamento, já que as visitas são com hora marcada.
- No site da Concha y Toro tem um formulário para agendar o tour, preenchi várias vezes e não recebi resposta. Mandei um e-mail e confirmaram prontamente.
- Se quiserem almoçar por lá, é bom reservar mesa no wine bar antes, porque o espaço é pequeno.


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Chile parte III - Viña Casas del Bosque
Chile parte V - Vale do Colchagua
Chile parte VI - Casa Lapostolle e Casa Silva

sábado, 5 de maio de 2012

Chile parte I - Santiago

Em fevereiro deste ano fizemos uma viagem para o Chile muito legal! Estou há horas para fazer postagens, mas sabe como é, o tempo vai passando... Lá se vão 3 meses e nada de eu contar para vocês como foi! Enfim, tomei "vergonha na cara" e hoje começo a série de postagens sobre o Chile. Sim, será uma série,  pois apesar de termos ficado por lá apenas 6 dias, tenho muita história para contar. O Chile é apaixonante e pretendemos voltar mais vezes. 

Vou começar falando de Santiago, a capital. Cidade nota 10: limpa, organizada e acessível. Os chilenos são extremamente educados e atenciosos com os brasileiros. É muito fácil circular por Santiago porque existem várias linhas de metrô, que cobrem toda a área central da cidade. Também é tranquilo andar de táxi, mas quase não utilizamos... Nós curtimos caminhar bastante para sentir o "clima" da cidade e nos familiarizarmos com suas peculiaridades. Além disso, é muito fácil de se localizar por lá, a malha viária é quadrada, o trânsito é organizado e a sinalização das ruas e locais de interesse é bem eficiente. 
Chegamos lá em um sábado, no início da tarde, e fomos direto para o Mercado Central... No domingo fomos para a Concha y Toro (que terá uma postagem específica) e na segunda, voltamos ao centro da cidade para conhecer os prédios históricos e outros locais turísticos, como o Cerro Santa Lucia. A legenda das fotos mostra o que fizemos e vimos de bom. No final da postagem tem uma sessão "perguntas e respostas", para ajudar quem está planejando viajar para lá.  


Mercado Central
Vinho branco para acompanhar a refeição no Mercado Central

Parque Florestal 

Patio Bellavista - lojas e restaurantes bem legais

Parque de las Esculturas

Parque de las Esculturas


Cerro Santa Lucia - Terraza Neptuno
Cerro Santa Lucia - platô intermediário

Cerro Santa Lucia - vista do topo

Prédio histórico na Plaza de Armas - Correo Central

Palacio de la Moneda

Paseo Bulnes

Barrio Paris-Londres

Voltamos ao Mercado Central para comer a Centolla - o preço é
salgado, mas vale a pena. 
Onde ficaram hospedados em Santiago?
Ficamos hospedados no bairro Providencia, em um apartamento mobiliado - Departamentos Amoblados Costa Suecia. O apartamento era charmoso, limpo e super bem localizado. Tudo perto: mercado, lojas, restaurantes, casa de câmbio, metrô, etc. Além disso, o bairro é super agradável, recomendo. Reservei pelo Booking.com e deu tudo certo. 
Depois de 3 noites em Santiago alugamos um carro e viajamos para outras cidades. Retornamos na última noite só para dormir e pegar o vôo, que saía cedo da manhã no outro dia. Como era só para dormir, não quis procurar muito e reservei um Ibis, para não ter surpresa. O hotel era bom, mas a localização caótica. "Ibis Estacion Central" nunca mais!

É barato comer em Santiago?
Não achei muito barato... nem caro. Em Santiago, almoçamos dois dias no Mercado Central e um na Concha y Toro, então não circulei muito por restaurantes... Fizemos um lanche no Mc Donald's, muito melhor e mais barato que os daqui. O resto das refeições foram no próprio apartamento, que era equipado com cozinha. No mercado, os preços regulavam com os daqui (Porto Alegre).

Como é o transporte coletivo em Santiago?
Não andamos de ônibus, só metrô, que é excelente. Pegamos táxi poucas vezes e achei barato, os motoristas eram bem educados. Só me senti "lograda" na chegada. Nos aconselharam a pegar um táxi oficial, contratado no próprio aeroporto, mas o preço cobrado foi mais que o dobro da corrida da volta. 

Como é o clima em Santiago em fevereiro?
Quente de dia e fresquinho à noite. Não chove, nem uma nuvem no céu. Pela manhã é bem agradável, mas à tarde a temperatura chega a 30 ºC... Nessa hora não fica muito legal "bater perna" pelas ruas como eu gosto. Ainda assim é um calor seco, não é desagradável como o verão de "Forno Alegre". É importante tomar muita água para hidratar, mas vale comentar que a água é cara e ruim. 

Dicas diversas:
Cometemos um erro primário... Deixamos para conhecer os museus na segunda feira, dia que todos estão fechados. Lembrem-se disso na hora de programar o roteiro.
Levamos o guia do Chile da Publifolha e foi super útil, especialmente pelos mapas das ruas. 
Vale muito mais a pena comprar os pesos chilenos nas casas de câmbio de lá do que aqui. 

Se vocês estão planejando viajar para lá, não deixem de visitar o blog Like Chile. Além de ter muitas dicas legais, o David, autor do blog, é super prestativo e interativo. Antes da viagem comentei que iria para lá e ele fez uma postagem "especialmente" para mim. Muito legal, não é? As dicas foram valiosas, confiram aqui

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