Quando forem a Santigo, coloquem no roteiro uma visita à vinícola Concha y Toro. Se vocês forem turistas "maratonistas", que querem conhecer muitas coisas em um só dia, não precisam de muito mais que um turno, mas se vocês forem turistas "contempladores", que curtem degustar os momentos com calma, reservem um dia para este programa.
Quem acompanha o blog sabe que a gente é um pouquinho enochato. Há tempos a Concha y Toro já tinha perdido posições na nossa adega. É fato que ela se tornou uma vinícola comercial e tem uma produção em grande escala, para atingir o mercado mais popular. Confesso que eu já estava desenvolvendo um certo preconceito, mas essa visita nos fez rever conceitos. Outra face da Concha y Toro nos foi apresentada e adoramos! Ficamos horas lá dentro... Comemos bem, bebemos melhor ainda, aprendemos coisas que não sabíamos, fomos muito bem tratados e saímos de lá encantados (e levemente embriagados).
Fizemos o "tour Marques" que tem um passeio guiado pela vinícola e pelas caves (incluindo, é claro, o Casillero del Diablo). Seu diferencial é uma degustação de 4 tipos de Marques de Casa Concha, harmonizados com queijos e pães. Para quem gosta de vinho, recomendo pagar um pouquinho mais e fazer este tour.
Depois do tour, 95% das pessoas vão embora, mas eu já fui de caso pensado... Vi no site que por lá havia um wine bar, então pensei em estender a passeio tarde a dentro, comiendo, bebiendo e hablando (estava certa que depois da terceira taça falaria espanhol perfectamente). O wine bar é um charme e tem um cardápio harmonizado maravilhoso. É possível também ficar só beliscando um queijinho e tomando vinho, que pode ser pedido em garrafa ou taça, caso queiram beber pouco ou experimentar diferentes rótulos.
O tour foi bem legal, mas a estrela do passeio foi o almoço, ou melhor, o vinho do almoço. Tomamos o Amelia, recentemente eleito o melhor chardonnay do mundo. Se é o melhor não posso opinar, porque nunca dei bola para os brancos, mas com certeza está em um patamar muito elevado, diferente de tudo que já tomei (hora de rever conceitos parte II, não sabia que vinhos brancos poderiam ser tão maravilhosos).
As harmonizações sugeridas para o Amelia foram: degustação de salmão na entrada e fettuccine com frutos do mar no prato principal. Tudo nota 10.
E como esperado, meu gene poliglota foi ativado durante o almoço, mas não falei espanhol. Na mesa ao lado havia uma família de canadenses e batemos um longo papo em francês, como direito até a elogios ao meu "sotaque parisiense". Não preciso dizer que saí de lá me achando.
Para encerrar, uma passadinha no empório para compras. Os preços são ótimos. Obviamente compramos uma garrafa do Amelia (por lá custou o equivalente a pouco mais de R$ 60,00). Não foi desta vez que compramos o também premiado Carmín de Peumo... Fica para a próxima.
As fotos traduzem bem o clima do passeio.
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Amostras de diferentes uvas cultivadas no Chile |
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Casillero del Diablo, com direito a efeitos "especiais" |
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Sala de degustação do Marques de Casa Concha |
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Tábua de queijos que acompanha a degustação (uma taça e a tábua
são regalos para a gente trazer de lembrança) |
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Degustação de salmão - defumado e ceviche |
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Amelia chardonnay - o "melhor do mundo" |
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Fettuccine com frutos do mar |
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Wine bar |
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Empório |
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Boas vindas na entrada, mas a foto foi tirada na saída. |
Antes que perguntem... Informações úteis:
- Nem pensar em contratar empresa de turismo para ir à Concha y Toro. É só pegar a
linha 4 do metrô e descer na última estação (Paza de Puente Alto). Lá se pega um táxi que vai largar vocês dentro da vinícola. Na hora de voltar, a mesma coisa. Não se preocupem que o táxi sai bem barato (não me lembro quanto). O trajeto completo da linha 4 dura 45 minutos, então contabilizem isso para planejar o tempo de deslocamento, já que as visitas são com hora marcada.
- No site da Concha y Toro tem um
formulário para agendar o tour, preenchi várias vezes e não recebi resposta. Mandei um e-mail e confirmaram prontamente.
- Se quiserem almoçar por lá, é bom reservar mesa no
wine bar antes, porque o espaço é pequeno.
Se vocês estão planejando viajar para o Chile, não deixem de visitar o blog
Like Chile.
Próximos capítulos:
Chile parte VI - Casa Lapostolle e Casa Silva
Ju,
ResponderExcluirQue delícia de post!
Acho muito legal esse tipo de turismo que tu e o Rodrigo fazem e sempre fico com vontade de viajar junto com vocês... hahahahaha.
Eu tenho uma teoria que desenvolvi na minha viagem: vinho faz você falar melhor um outro idioma. Eu tinha a nítida impressão disto com o meu italiano depois de 1...2 taças de vinho. Eu falava tão bem, tão solta.
Um beijo minha amiga.
Estou aguardando os outros posts :)
Carla Maicá
Sim, mais um dos benefícios do vinho, hahaha.
Excluirótimas dicas! Esse ano vou lá e vou seguir seu itinerário.
ResponderExcluirAbraço.
O Chile me surpreendeu Ricardo, adorei! Vou fazer mais postagens nos próximos dias, espero que te forneçam boas idéias!
ExcluirOlá, bacana o post, estou indo em Julho e aguardando as outras partes da viagem para pegar as dicas... :-)
ResponderExcluirOi Jú!! Muito obrigada pelas dicas!!!! Bjão
ResponderExcluirolá gostaria de saber se quando eu chegar de taxi na vinicula ele tem que ficar esperando ou lá tem ponto de taxi pra voltar?
ResponderExcluiradorei o post