Eu não gosto de salsão, mas tive que comprar na semana passada para temperar uma marinada. Eu precisava de 2 talos e para vender, só achei um salsão gigantesco... Para minimizar o desperdício, pensei em usá-lo em um risoto e encontrei a receita perfeita no livro "Arroz e risotos" da coleção A Grande Cozinha.
Para duas pessoas usei:
-220 gramas de arroz arbóreo (pouco mais de 1 xícara);
- 1 talo de salsão cortado em fatias;
-1 punhado de nozes trituradas (usei tipo pecan, que tem um sabor mais marcante);
- 1 pedaço de roquefort (a gosto, devo ter usado pouco mais de 100 gramas);
- 100 ml de vermute (pode ser vinho branco seco);
- 1/2 cebola;
- 1 litro de caldo de legumes (se for em cubos, use metade da medida que o fabricante recomenda - eu uso o Vitalie da Knorr, 1 cubo para 1 litro de água);
-manteiga;
- azeite de oliva.
Refogar a cebola em 1 colher de sopa de manteiga e duas de azeite, juntar as nozes e salsão, refogar rapidamente, depois o arroz, o vermute, sempre mexendo, e em seguida começar a acrescentar o caldo de legumes, aos poucos, a medida que evapora, mexendo de vez em quando (cozinhar em fogo baixo e se começar a grudar na panela, não pare de mexer). Acrescente o caldo até chegar no ponto de cozimento do risoto, para saber só experimentando. Quando o arroz estiver al dente e o risoto "cremoso", desligue o fogo, acrescente o roquefort em pedaços, mexa bem para uniformizar e tampe a panela. Sirva em seguida.
Repito, eu não gosto de salsão, mas o risoto ficou maravilhoso, uma bela combinação de sabores.
Para acompanhar, escolhemos um vinho tinto sulafricano, apesar do prato combinar mais com um vinho branco.
A Avondale é uma vinícola que já apareceu por aqui algumas vezes e se destaca pela produção de vinhos biodinâmicos. A diferença principal entre os orgânicos e os biodinâmicos, é o que o primeiro usa adubo ou estrume para melhorar as características agronômicas do solo, já o segundo equilibra o solo através de um processo de remineralização... Os patos são a "estrela" desse processo, pois eles são muito eficazes no controle de pragas nos vinhedos. Estou devendo uma postagem específica sobre o assunto, qualquer hora eu faço.
Tomamos o Jonty's Duck 2007, um vinho muito equilibrado e aromático, bom volume na boca e taninos discretos. Destacaram-se notas de frutas negras e um pouco de especiarias, talvez. É um corte de cabernet sauvignon e syrah e custa em torno de R$ 80,00, mas compramos por pouco mais de R$ 40,00 na Vinhos do Mundo. Pelo preço que pagamos, foi uma ótima compra.